Delegado: fisiculturista foi asfixiada e marido será indiciado por morte
Polícia vai indiciar marido de fisiculturista morta por asfixia
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte vai indiciar
Alexandre Furtado Paes, marido da fisioculturista Fabiana Caggiano Paes,
36 anos, morta em um hotel de Natal no dia 2 de janeiro, por homicídio
doloso (quando há intenção de matar). Laudo do Instituto
Técnico-Científico de Polícia (Itep) divulgado nesta quarta-feira pelo
delegado Frank Albuquerque aponta que Fabiana foi vítima de asfixia
mecânica.
"Ainda não encerramos o inquérito, mas já temos certeza do que
aconteceu. Ela foi asfixiada pelo esposo. A causa da morte foi a falta
de oxigênio no cérebro", disse o delegado. Fabiana morava em Osasco (SP)
e estava de férias no Nordeste com familiares, incluindo o marido, que
também é fisiculturista.
"No Itep, o perito encontrou sinais de asfixia, tanto no pescoço como
nos pulmões", explicou o delegado. "O médico que atendeu ela no hospital
(quando Fabiana foi socorrida), já desconfiava de alguma coisa, pois
era uma moça nova, atleta, saudável, e não tinha motivos para ter uma
parada cardíaca."
Pelo relato de Alexandre à polícia, Fabiana teria desmaiado quando
tomava banho. Ele chegou a dizer que encontrou o corpo da mulher caído e
a água quente do chuveiro jorrando. No depoimento, o atleta destacou
ainda que para poder sair do banheiro com o corpo da mulher quebrou o
vidro do box.
De acordo com Albuquerque, as atitudes de Alexandre após a morte da
mulher fizeram com que a polícia desconfiasse dele. "Ainda no hospital,
ele perguntou para o médico se o corpo poderia ser liberado sem ir para o
serviço de verificação de óbitos. No Itep, de novo, questionou se
poderia liberar o corpo para levar a São Paulo e, depois, se poderia
recebê-lo porque iria cremá-lo em João Pessoa."
"Além disso, quando ele foi ouvido, ele chegou a dizer que a mãe de
Fabiana queria que ela fosse cremada. Conversando com a mãe, descobrimos
que era mentira e que as duas nunca tiveram nenhuma conversa nesse
sentido", disse o delegado.
Albuquerque ainda tem 10 dias para concluir o inquérito. Ele disse que,
por enquanto, não tem a intenção de pedir a prisão preventiva de
Alexandre, que mora em Osasco.
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