O chefe do Estado Maior do 4º Comando Regional do Corpo de Bombeiros,
major Gerson Pereira, interrompeu entrevista coletiva na tarde desta
terça-feira (29) sobre o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), ao receber um telefonema.
"Recebi uma ligação do governo do Estado e fui orientado a não falar com a imprensa. As informações vão ser centralizadas. Esta será a última vez que conversamos", afirmou.
O G1 entrou em contato com o governo do RS. A assessoria de imprensa do governo informou que o telefonema não partiu do Palácio Piratini.
O major chegou a comentar sobre a responsabilidade dos Bombeiros na morte de 234 pessoas na madrugada de domingo, após o incêndio da boate. Segundo ele, a casa noturna tinha todas as exigências estabelecidas pela lei vigente no Brasil. “Quem falhou, que assuma a sua responsabilidade. Nós fizemos tudo o que estava ao nosso alcance e não vou entrar em jogo de empurra-empurra”, afirmou.
O major afirma que, pela lei que regulamenta as exigências de prevenção de incêndios, um espaço como o da boate Kiss, com 645 m² e capacidade para 691 pessoas, pode ter até 2 portas com barras antipânico, iluminação de emergência e extintores.
“Eles tinham tudo. O extintor pode ter falhado, por isso sempre pedimos atenção à data de validade. Gostaria de ter efetivo para que a fiscalização fosse realizada semanalmente, mas é inviável. Se os proprietários efetuaram mudanças no local após a última vistoria, não temos como controlar”, disse.
Questionado sobre o revestimento do palco, o major afirmou: “Não é da
responsabilidade do Corpo de Bombeiros e também gostaria de saber de
quem é. Tenho minha consciência tranquila que nós fizemos tudo que era
da nossa alçada”.
“O que é preciso agora é mudar a legislação para termos regras mais rígidas. Eu quero chegar nos lugares e poder apontar tudo o que está errado. Os Bombeiros gostariam dessa responsabilidade, porque salvaríamos vidas, mas não posso. Se faço isso, estou passando por cima da autoridade de alguém”, complementou.
O major Gafirmou também que entregou todos os papéis sobre a casa à polícia e que não pode dizer se o alvará estava de fato vencido. “Ao perceber irregularidades em locais que frequenta, peço que a sociedade nos avise. Há milhares de casas noturnas pelo mundo, mas essa tragédia infelizmente aconteceu em Santa Maria”, encerrou.
Também na tarde desta terça, outras informações importantes sobre o caso foram divulgadas:
1- Segundo a polícia, a banda Gurizada Fandangueira utilizou um sinalizador mais barato, impróprio para ambientes fechados;
2- há diversos indicativos de que a boate não deveria estar funcionando;
3- a Prefeitura de Santa Maria se eximiu de responsabilidade pelo incêndio.
Incêndio e prisões
O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo (27), durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico.
"Recebi uma ligação do governo do Estado e fui orientado a não falar com a imprensa. As informações vão ser centralizadas. Esta será a última vez que conversamos", afirmou.
O G1 entrou em contato com o governo do RS. A assessoria de imprensa do governo informou que o telefonema não partiu do Palácio Piratini.
O major chegou a comentar sobre a responsabilidade dos Bombeiros na morte de 234 pessoas na madrugada de domingo, após o incêndio da boate. Segundo ele, a casa noturna tinha todas as exigências estabelecidas pela lei vigente no Brasil. “Quem falhou, que assuma a sua responsabilidade. Nós fizemos tudo o que estava ao nosso alcance e não vou entrar em jogo de empurra-empurra”, afirmou.
O major afirma que, pela lei que regulamenta as exigências de prevenção de incêndios, um espaço como o da boate Kiss, com 645 m² e capacidade para 691 pessoas, pode ter até 2 portas com barras antipânico, iluminação de emergência e extintores.
“Eles tinham tudo. O extintor pode ter falhado, por isso sempre pedimos atenção à data de validade. Gostaria de ter efetivo para que a fiscalização fosse realizada semanalmente, mas é inviável. Se os proprietários efetuaram mudanças no local após a última vistoria, não temos como controlar”, disse.
“O que é preciso agora é mudar a legislação para termos regras mais rígidas. Eu quero chegar nos lugares e poder apontar tudo o que está errado. Os Bombeiros gostariam dessa responsabilidade, porque salvaríamos vidas, mas não posso. Se faço isso, estou passando por cima da autoridade de alguém”, complementou.
O major Gafirmou também que entregou todos os papéis sobre a casa à polícia e que não pode dizer se o alvará estava de fato vencido. “Ao perceber irregularidades em locais que frequenta, peço que a sociedade nos avise. Há milhares de casas noturnas pelo mundo, mas essa tragédia infelizmente aconteceu em Santa Maria”, encerrou.
Também na tarde desta terça, outras informações importantes sobre o caso foram divulgadas:
1- Segundo a polícia, a banda Gurizada Fandangueira utilizou um sinalizador mais barato, impróprio para ambientes fechados;
2- há diversos indicativos de que a boate não deveria estar funcionando;
3- a Prefeitura de Santa Maria se eximiu de responsabilidade pelo incêndio.
Incêndio e prisões
O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo (27), durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico.
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