quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Rússia diz que ataque israelense na Síria viola estatuto da ONU

Rússia diz que ataque israelense na Síria viola estatuto da ONU

País se disse preocupado com as informações sobre o bombardeio.
Hezbollah libanês afirmou que ataque revela 'as origens' do conflito sírio.

 O governo da Rússia manifestou preocupação nesta quinta-feira (31) com as informações sobre um bombardeio israelense em território sírio indicou que condenaria o ataque, no caso de confirmação.

"A Rússia está muito preocupada com as informações sobre um bombardeio da aviação israelense na Síria, perto de Damasco", afirma um comunicado do ministério das Relações Exteriores.
"Caso a informação seja confirmada, isto significa que aconteceu um bombardeio sem nenhuma justificativa no território de um Estado soberano, o que viola grosseiramente a carta da ONU e é inaceitável, independente do motivo", completa a nota.
"Estamos adotando medidas de urgência para esclarecer a situação nos mínimos detalhes".
"Pedimos novamente o fim da violência na Séria, sem intervenção estrangeira - o que seria inadmissível -, e o início de um diálogo sírio baseado nos acordos de Genebra de 30 de junho de 2012", conclui o comunicado da chancelaria.
A Síria anunciou na quarta-feira (30) que a aviação israelense havia "bombardeado diretamente" um centro de pesquisa militar situado entre Damasco e a fronteira libanesa.
Questionado pela AFP, um porta-voz do exército israelense se negou a fazer comentários.
Entrevistado pela rádio pública, o ministro das Finanças de Israel, Yuval Steinitz, membro do gabinete de segurança, se negou a comentar a notícia.
"Em geral, Israel nem desmente nem confirma este tipo de atividade militar por motivos de segurança", declarou Tzahi Hanegbi, um deputado do Likud, ligado ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Aliados
O Hezbollah libanês, aliado do regime de Damasco, afirmou nesta quinta que o bombardeio israelense de um centro militar na Síria revela "as origens" do conflito sírio.
Em um comunicado, o movimento xiita armado "constata que este ataque revela as origens do que acontece na Síria há dois anos e os objetivos criminosos que buscam destruir este país e seu exército para debilitar seu papel central na resistência e concluir o grande complô contra nossos povos árabes e muçulmanos".
O Hezbollah "condena com força esta nova agressão sionista contra a Síria". O texto faz referência ao primeiro ataque israelense na Síria desde que, em março de 2011, explodiu uma revolta popular contra o regime sírio que virou conflito armado. Segundo a ONU, mais de 60.000 pessoas morreram desde então.
O Hezbollah expressa sua "total solidariedade com a Síria, seu governo, seu exército e seu povo".

 

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