sexta-feira, 24 de abril de 2020

Quem é Maurício Valeixo, figura central na disputa entre Moro e Bolsonaro

Na live de hoje o próprio Presidente da República recomendou que seus seguidores acompanhassem a Jovem Pan, atribuindo a esse seguimento da imprensa práticas dignas de confiança e o exercício de um jornalismo responsável.

De cara corri para ver como a Jovem Pan havia noticiado o episódio envolvendo o suposto pedido de demissão do Ministro Moro face a mais uma tentativa por parte do Presidente de trocar o diretor da Polícia Federal. E lá estava também a informação, conforme outros tantos portais haviam noticiado.
Se fosse um jogo de futebol, pelo número de "caneladas" que Bolsonaro anda distribuindo, já teria sido expulso. Espero sinceramente que o presidente aprenda a jogar com o time que tem e possa mudar o placar desse jogo, em vez de continuar cometendo tantas "faltas".
A relação entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o presidente da República, Jair Bolsonaro, passou por mais um desgaste nesta quinta-feira (23). Bolsonaro decidiu que tiraria Maurício Valeixo da diretoria-geral da Polícia Federal, o que culminou na demissão de Moro. Em pouco tempo, ambos voltaram atrás, e tanto o ministro quanto Valeixo permanecem nos cargos.
Valeixo é amigo de longa data e um nome de confiança do ex-juiz. Ele foi escolhido em 2018 pelo próprio Moro para ocupar o cargo de diretor-geral da PF, no lugar de Rogério Galloro.
Ex-diretor de Inteligência da PF, Valeixo foi diretor de uma outra área-chave para a gestão do agora ministro da Justiça: a de Combate ao Crime Organizado.
Além disso, trouxe contribuições importantes para a Operação Lava Jato: foi superintendente da Polícia Federal no Paraná e coordenou a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foi também em sua gestão que foi fechada a delação de Antonio Palocci em Curitiba. O diretor-geral atuou, ainda, em outro caso importante da carreira de Moro, a Operação Banestado.

Outras tentativas

Esta não foi a primeira vez que Jair Bolsonaro falou em trocar o comando da Polícia Federal. Desde o ano passado, o presidente tem tentado tirar Valeixo do cargo, sempre com a resistência de Moro. Em agosto, o presidente chegou a dizer que o diretor-geral da PF era subordinado a ele, não ao ministro. “Está na lei que eu indico e não o Sergio Moro. E ponto final”, disse na época.
Além da crise com Valeixo, Bolsonaro também teve outro entrevero envolvendo a Polícia Federal no ano passado. Ele tentou trocar o então superintendente da PF no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi, por Alexandre Silva Saraiva, que trabalhava no Amazonas. Saadi, no entanto, foi substituído por Carlos Henrique Oliveira Sousa, de Pernambuco, por decisão da corporação.

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